segunda-feira, outubro 13, 2008

Saga sanguinária interminável..


[ tô aqui pra fazer graça, hein? ]


De todo, ao meu vício, eis que me entrego
Nu, vazio de medos e de prantos coberto.
Na sensação do momento, calo, submeto, me entrego.
Atento de ti, que consola, observo e adoro.
Mudo, quase que inerte, na admiração plena do impalpável e ainda assim perto.

Tento compreender como de ti, minha felicidade depende.
De tua presença sutil mesmo que ausente,
do suave calor que emanas febrilmente.
Aqueces esse coração que vive de inverno, peço-te.

Como podes tu, inanimado ser distante e discreto
Arrancar suspiros e alívios de um modo tão correto ?
Me entrego, esqueço dos conselhos a proteger-me de mim
É apenas o início de mais um amargo fim
Que recomeça sempre que te toco até inexistir.

Preciso, não négo.
Dependo, venero.
Penso em largar, não quero.

Não me é correto nem são, amar tanto, e no fim, em vão.(?)
Que recompensas me traria além desse prazeiroso momento ?
Te aproveitas de mim e sobe à minha cabeça
Tomando conta de tudo onde quer que esteja
Dias e noites passam sem fim, e tudo que quero é você, aqui.

Quando não o tenho, felicito-me em ler teu nome
Vivo, de um verde tão vivaz que só me satisfaz.
Querer-te a todo momento é de praxe
Mesmo que assim, meu óbito, já não afaste.

Tua ausência me desespera, alucina
E ainda assim não desejo nenhuma outra toxina!
É insano e injustificável sentir tudo isso por ti, sei.
Fora de minhas mãos, imagino todos os meios de tocar-te.
E a distância parece que aumenta tanto
Assim como essa corrente de ar que pra longe leva essa fumaça
Que há minutos, era parte de mim, e pra sempre.

Quando em meus braços te acalento
É como proclamar um ode de auto-destruição.
Me faz tão bem, jamais quero separar-me
Embora um dia, de tanto amor e desejo
Sei que irá levar-me.

Devaneios te cercam em minha mente
Ao meu sono e despertar
Só quero sentir o teu sabor de aroma sutil
E no teu encanto, viajar milhas sem sair do lugar.

Tudo que já passamos juntos não é metade do que viverei ao teu lado
Passaremos por mais campos, estradas e sarjetas
Juntos, por todos os bons e maus momentos
Rindo mesmo que mudos, nos completando e nos perdendo a cada minuto
Para que depois de pouco, nos encontremos e vivamos tudo novamente
Nesse círculo vicioso de amor e morte.
Sempre, sem que te arranquem de mim.

É a ti, companheiro de madrugadas e aventuras distantes
Que dedico compridos versos de louvor
Na promessa que te levarei comigo onde quer que for.
Mesmo que isso sigfique morrer um pouco mais a cada minuto.

Agradeço pela companhia, meu melhor amigo.
Ontem, hoje e no fim da leveza tediosa dos dias.
Sei que me serás fiel, mesmo que não só a mim faça bem.
E é nessa devoção sincera, que de ti não me vejo sem.

Como uma música fúnebre que embala as nossas vidas
Canto contigo as canções mais belas de amor em dor
Proclamando meu amor imenso em silêncio
Que te reluz em estrelas, marcadas eternamente em meu corpo e alma.

Por momentos odiei-te e quis matar-te.
Não me é certo depender-te!
Afastar de mim todo mal que provocaste.
Vacilo, volto atrás, percebo que és afinal, minha parte.
Inseparável, presente, marcante.
Jamais oscilante.
Em ti confio mesmo ao saber que não és fumante.

Sei que ao lerem, não irão ao certo entender.
Mas o que sinto há de permanecer.
Mais uma vez, agradeço, amado, Hollywood Menta.

Permita que te fume até o fim
Pra que depois de horas, renasça das cinzas que construímos
nas desventuras de nossos dias.





[ Nekromantix - Spiders Attacking Manhattan ]

2 comentários:

Jalila Eos disse...

tu fumas uma fenix ^^
tenho vontade de experimentar =P
dizem que dessa marca é o mais forte.
verdade?
=**

André Shalders disse...

mesmo não fumando, tenho a sensação de que cigarros são super estimados.
seus textos nicóticos me ajudam a entender isso.