quinta-feira, outubro 12, 2006

IX Parafilias: Zoofilia

[ Zoofilia ]
A zoofilia é o envolvimento sexual de seres humanos com animais.
Há duas variedades: a zoofilia em si, que é o envolvimento levando em conta o prazer sexual também do animal, e a bestialidade, que é a satisfação sexual sem levar em conta o bem-estar do animal, muitas vezes levando-o a maltratos, ferimentos e até a morte.
A bestialidade equivaleria ao estupro humano.
Praticar sexo com animais é o que dá prazer aos praticantes da zoofilia.
Assistir cópulas de animais também pode ser fator de excitação para eles.
Em algumas regiões, principalmente nas rurais, é comum pessoas que mantém relacionamento com animais. A prática desaparece quando o indivíduo inicia um relacionamento com humanos. Ou não ...

VIII Parafilias: Podolatria

[ Podolatria ]
Podolatria também poderia ser classificada como subdivisão do fetichismo, e até mesmo constituir a ramificação do parcialismo, ambas parafilias anteriormente aqui citadas.
A Podolatria baseia-se no desejo concentrado nos pés.
No Brasil, um fetichista de pés é normalmente reconhecido pela expressão 'podólatra'.
Já em Portugal não é incomum o uso do termo podófilo.
Deve-se ter cuidado para não confundir o termo com outro muito parecido, mas de sentido completamente diverso: pedofilia, atração por crianças.
São atos comuns que levam o podólatra a ter excitação e prazer sexual o ato de ver, tocar com as mãos, lamber, cheirar ou beijar os pés de outra pessoa, entre muitos outros; muito raramente um fetichista pode ainda ter prazer quando os próprios pés são objeto dessas ações.
O fetichista responde ao pé de uma maneira similar à que outros indivíduos respondem a
bundas ou seios. Mas é de notar que, no caso do podólatra, esse desejo direcionado para uma parte específica do corpo adquire o caráter pronunciado de uma fixação.
Alguns podólatras, por causa disso, sentem prazer em ter seus genitais manipulados pelos pés do parceiro até o ponto de atingir o orgasmo e a ejaculação (footjob, em inglês).
Este é, provavelmente, o exemplo mais frequente de excitação com o uso dos pés capaz de levar à satisfação completa sem que haja penetração, isto é, sexo genital (talvez por se tratar, também, de fato, de uma forma de masturbação). Outras fórmulas em que uso dos pés por si só acabam por levar ao orgasmo e à ejaculação também existem, todavia, variando de indivíduo para indivíduo.
Como outras
parafilias, o fetiche que se concentra nos pés varia enormemente e pode ser altamente especializado. Assim, um fetichista pode ser estimulado por elementos que outro considera repulsivos. Alguns podólatras preferem pés com arcos pronunciados, outros, de dedos longos, unhas longas, alguns preferem pés descalços, outros, pés calçados em certos tipos de calçados ou meias, alguns preferem pés muito bem cuidados, outros, sujos, de plantas incrustadas de terra, etc.
Um fetichista de pés pode ser
homem ou mulher, embora estime-se que o contingente masculino passe de 70%. Outras práticas sexuais como o sadomasoquismo frequentemente acompanham a atração por pés. Um traço que permite distinguir o podólatra, no entanto, na comparação com o sadomasoquista submisso, é o fato de que o pé, para aquele, reveste-se de um valor estético, que por si só o excita. Há um profundo e ao mesmo tempo evidente potencial de significação sadomasoquista relacionado aos pés.
Mas as fantasias que aproveitam esse potencial surgem a partir de uma excitação espontânea que os pés desencadeiam. Os pés não servem de mero instrumento para realização de fantasias de submissão, como acontece nos casos de sadomasoquismo típico. Eles, por si mesmos, desencadeiam a cobiça e o processo de desejo, que passa a orbitar em torno deles. O sadomaquismo encontra-se presente em segundo plano, provavelmente na origem da formação do desejo podólatra, numa etapa anterior.

VII Parafilias: Loonerismo

[ Loonerismo ]
O loonerismo se dá onde o portador é fascinado e se excita ao ver e tocar balões de latex (bexigas, bolas de festa).
Não muito popular no Brasil mas já extensamente documentado no exterior e na Internet, esse fetiche é adquirido na infância quando o portador começa a sentir uma fascinação por esses objetos e passa a desejar sexualmente eles ou se excita ao ver pessoas do sexo oposto brincando com balões.
Os fetichistas também usam esses balões para masturbação.
Recentemente esse fetiche ficou muito popular na Internet onde seus adeptos se auto-denominam Looners.
Daí o termo "loonerismo", dado por mim, já que não encontrei nenhuma outra denominação abreviada.
Há sites comerciais que se dedicam em vender galerias de fotos e videos com mulheres nuas interagindo com os balões (isto porque a grande maioria desses fetichistas são homens).
Também poderia ser enquadrado em uma subdivisão do Fetichismo, mas por se tratar de um caso muito específico e não muito conhecido, achei necessário individualizar.

VI Parafilias: Parcialismo

[ Parcialismo ]
O parcialismo, caracterizado por impulsos sexuais e fantasias sexualmente excitantes dirigidas exclusivamente a partes do corpo humano como pés, mãos, nádegas ou peito, excluindo todas as outras.
Pode ser considerada parte inclusa no Fetichismo, mas na minha opinião, creio que mereça seu devido espaço e diferencial.

V Parafilias: Necrofilia

[ Necrofilia ]
Os necrófilos são tidos, quase sempre, como psicóticos e sofrem desse distúrbio considerado grave.
Necrofilia é a excitação sexual decorrente da visão ou do contato com um cadáver.
O fenômeno da necrofilia é conhecido desde os mais remotos tempos da história humana, podendo ainda hoje ser observado como costume comum (às vezes até sacralizado) em certas tribos africanas e asiáticas, bem como em manifestações esporádicas na chamada civilização ocidental.
Pra quem gosta de textos mais engraçados, mas que não deixam de apresentar a verdade, recomendo:

terça-feira, outubro 10, 2006

IV Parafilias: Sadismo & Masoquismo

[ Sadismo & Masoquismo ]
Os sádicos ou sadomasoquistas, têm prazer quando provocam dor ou humilhação moral a outra pessoa, que pode ou não consentir. As atitudes podem ser pequenas, como tapas, mas podem até mesmo provocar a morte.
o masoquista gosta de sofrer, e assim, obtém excitação. A mistura dessas duas práticas consiste no sadomasoquismo. Ora a pessoa causa a dor, ora a pessoa sofre.
O sadomasoquismo de maneira leve é considerada uma prática comum. Algemas, roupas de couro e chicotes fazem parte da concretização da fantasia sexual do sadomasoquista.
Assim com arranhões, uso de gelo e pingos quentes de cera de vela, pequenos cortes ou queimaduras, puxões de cabelo, bondagè (técnica que consiste em amarrar firmemente o parceiro em um ou vários locais, podendo ser em zonas erógenas ou não, a fim de provocar prazer/dor).
OBS:
Para acabar de uma vez por todas com essa dúvida à cerca dos termos, memorize:
- Sadismo (sádicos) = obter prazer em provocar/infingir a dor;
- Masoquismo (masoquistas) = obter prazer em sentir a dor;
Portanto, temos:
Sadismo + Masoquismo = SADOMASOQUISMO
É válido lembrar que para que tal prática seja realizada com plena satisfação para ambas as partes, é necessário que haja um grande diálogo inicial, sem falar de confiança mútua entre os parceiros e total entrega.

III Parafilias: Travestismo

[ Travestismo ]

Quem se traveste não é, necessariamente, homossexual.
A maioria, ao contrário do que se pensa, é heterossexual e não quer mudar de sexo.
Muitas pessoas compartilham desse comportamento, que consiste em usar roupas do sexo oposto, com os parceiros ou não, e assim, alcançar o prazer.
Na maioria dos casos, não passa de uma brincadeira saudável em busca de criatividade e , consequentemente, prazer.
Vem a se concretizar como parafilia quando deixa se ser algo esporádico para vir a ser necessário para a excitação.

II Parafilias: Fetichismo

[ Fetichismo ]
É quando a preferência sexual da pessoa está voltada para objetos, tais como calcinhas, sutiãs, lingeries, luvas ou sapatos, sendo que a pessoa utiliza tais objetos para se masturbar ou exige que a parceira sempre use o objeto em questão durante o ato sexual, caso contrário não conseguirá se excitar e realizar o ato sexual.
Muitas coisas podem ser consideradas objetos de fetiche. Pés, mãos e qualquer outra parte do corpo, sem ser as diretamente relacionadas com sexo, como seios, vagina, pênis, bumbum, também podem ser objeto que despertem os praticantes - que, geralmente, são homens tímidos com dificuldades de comunicação.
A prática do fetiche pode ser durante a masturbação ou na relação a dois.
O fetichismo não é considerado disfunção sexual na medida em que os objetos que provocam interesse erótico e não causem dano a ninguém.
As fantasias sexuais que todos nós possuíms, se concretizadas, caracterizam casos primários de fetichismo, tendo em vista que foram realizadas apenas para diversificação e apimentação na relação, e não para que o prazer pudesse ser obtido unicamente dessa maneira.
OBS:
Existem ainda casos de FETICHISMO TRANSVÉSTICO, caracterizado pela utilização de roupas femininas por homens heterossexuais para se excitarem, se masturbarem ou realizarem o ato sexual, sendo que em situações não sexuais se vestem de forma normal.
Quando passam a se vestir como mulheres a maior parte do tempo, pode haver um transtorno de gênero, tipo transexualismo por baixo dessa atitude. É importante ressaltar que o fetichismo transvéstico também só é diagnosticado como uma parafilia quando é feito de forma repetitiva e exclusiva para obter prazer sexual.

sexta-feira, outubro 06, 2006

I Parafilias: Exibicionismo


[ Exibicionismo ]
É quando a pessoa mostra seus genitais a uma pessoa estranha, em geral em local público, e a reação desta pessoa, que foi pega de surpresa, lhe desperta excitação e prazer sexual, mas geralmente não existe qualquer tentativa de uma atividade sexual com o estranho.
As pessoas que abaixam as calças em sinal de protesto ou ataque a preceitos morais não são exibicionistas, pois não fazem isso com finalidade sexual.
Os exibicionistas, contrariando a regra, geralmente, são homens tímidos que têm medo de contato sexual. Os praticantes expõem seus órgãos genitais a pessoas do outro sexo nas ocasiões mais impróprias.
Assim, eles despertam seus desejos sexuais e alcançam o prazer, podendo se masturbar durante ou depois a exposição.
O objetivo dos homens - que são a maioria dos praticantes - é chocar mulheres desconhecidas, causando desgosto.
Mas é claro que também existem mulheres com tal distúrbio, em menor escala, mas existem.
No caso feminino, o exibicionismo se dá quando a mulher, no momento de ato sexual, de uma troca de roupa ou qualquer outra coisa que possa exibir parte do corpo que possa ser considerada lasciva e sensual, sente prazer em se fazer observar, se compraz em despertar desejos ou repulsas em quem quer que seja o observador.

Desventuras em Série

[ Desejo ]

Começando com uma foto que vem a retratar o Desejo, pois tudo, na sexualidade, parte deste princípio.

Como muita gente sabe, ou pelo menos deveria saber, tenho muito apreço por psicologia, psiquiatria e psicanálise.

A Psicanálise é, ao mesmo tempo, um modo particular de tratamento do desequilíbrio mental e uma teoria psicológica que se ocupa dos processos mentais inconscientes, uma teoria da estrutura e funcionamento da mente humana e um método de análise dos motivos do comportamento, uma doutrina filosófica e um método terapêutico de doenças de natureza psicológica supostamente sem motivação orgânica.

Sua formulação representou basicamente a consolidação em um corpo doutrinário de conhecimentos existentes, como a estrutura tripartite da mente (Id, Ego e Superego), suas funções e correspondentes tipos de personalidade, a teoria do inconsciente, o método terapêutico da catarse, e toda a filosofia pessimista da natureza humana difundida à época em que foi concebida. Além de alicerçar-se, como método terapêutico, nas descobertas do médico austríaco Josef Breuer, como doutrina tem em seus fundamentos muito do pensamento filosófico de Platão e do filósofo alemão Arthur Schopenhauer.

No entanto, ao serem esses conhecimentos incorporados na Psicanálise, foi aberto o caminho para um número grande de conceitos subordinados que eram novos, como os de atos sintomáticos, sublimação, perversão, tipos de personalidade, recalque, transferência, narcisismo, projeção, introjeção, etc. A psicanálise constituiu-se, por isso, em um modo novo de abordar as condições psíquicas correspondentes a estados de infelicidade e a comportamentos anti-sociais, e deu nascimento ao tratamento clínico psicológico e psiquiátrico moderno.
Daí então que vem a surgir o estudo das Parafilias, ou os conhecidos "Distúrbios e/ou Perverssões Sexuais".

Mas .. o que seria isso? Parafilia é o termo atualmente empregado para os transtornos da sexualidade, anteriormente referidos como "perversões", uma denominação ainda usada no meio jurídico. Estudar as Parafilias é conhecer as variantes do erotismo em suas diversas formas de estimulação e expressão comportamental.Culturalmente se reconhece o sexo convencional como sendo heterossexual, coital, com finalidade prazerosa e/ou procriativa, momentaneamente monogâmico.

Sim, "convencional" , evitando-se o termo "normal", devido ao fato das pessoas confundirem (erroneamente) o "não-normal" com o "patológico". É difícil definir o que seria um comportamento sexual normal, porque afinal de contas, o quê, exatamente, é normal? Tudo depende de que ângulo se vê. Pra mim, é normal sentir prazer com mordidas e arranhões, enquanto meu vizinho acredita que tal prazer só é alcançado se for realizado sem o consentimento do parceiro. Você pode achar normal fantasiar com homens travestidos, enquanto eu prefiro pessoas mortas e acho sua visão inaceitável!
A Parafilia, pela própria etimologia da palavra, diz respeito à "para" de paralelo, ao lado de, "filia" de amor à, apego à. Portanto, para estabelecer-se uma Parafilia, está implícito o reconhecimento daquilo que é convencional (estatisticamente normal) para, em seguida, detectar-se o que estaria "ao lado" desse convencional. É uma atividade sexual na qual a resposta (desejo, excitação e orgasmo) ocorre normalmente, contudo o indivíduo necessita, para obtenção da sua excitação, de um objeto ou práticas não usuais.

Nesse caso, a sexualidade é caracterizada por impulsos sexuais muito intensos e recorrentes, por fantasias e/ou comportamentos não convencionais, capazes de criar alterações desfavoráveis na vida familiar, ocupacional e social da pessoa por seu caráter compulsivo.

O "praticante", fisiologicamente falando, é um indivíduo normal. Apenas o 'elemento erógeno' de sua excitação que não é a usual. Existem diversas modalidades e variações. São consideradas práticas sexuais aceitas quando não provocam danos a outras pessoas ou aos costumes sociais.

Mas hoje em dia, quais são os costumes? No geral, a maioria dos traumas que levam aos chamados distúrbios sexuais, são originados por repressão ou liberação extrema de alguma fase sexual, e ainda pela criação familiar, que na maioria das vezes é a principal responsável pelas fantasias mais absurdas. Está configurada a Parafilia quando há necessidade de se substituir a atitude sexual convencional por qualquer outro tipo de expressão sexual, sendo este substitutivo a preferida ou única maneira da pessoa conseguir excitar-se. Assim sendo, na Parafilia os meios se transformam em fins, e de maneira repetitiva, configurando um padrão de conduta rígido o qual, na maioria das vezes, acaba por se transformar numa compulsão opressiva que impede outras alternativas sexuais.

Algumas Parafilias incluem possibilidades de prazer com objetos (fetichismo), com o sofrimento e/ou humilhação de si próprio ou do parceiro (maso e sadomasoquismo), com o assédio à pessoas 'pre-púberes' ou inadequadas à proposta sexual (pedofilia). Estas fantasias ou estímulos específicos, entre outros, seriam pré-requisitos indispensáveis para a excitação e o orgasmo.Em graus menores, às vezes, a imaginação fantasiosa do parafílico encontra solidariedade com o parceiro na iniciativa, por exemplo, de trasvestir-se de sexo oposto ou de algum outro personagem para conseguir o prazer necessário ao orgasmo.

Quanto ao grau, a Parafilia pode ser leve, quando se expressa ocasionalmente, moderada, quando a conduta é mais freqüentemente manifestada e severa, quando chega a níveis de compulsão.
Como já foi citado aqui, existem várias "modalidades" e variações da parafilia, muitas já conhecidas e muito praticadas como atos normais.

E hoje, daremos início à série "PARAFILIAS", vindo a retratar e a esclarecer as mais conhecidas, digamos assim.

OBS:
É extremamente válido lembrar que as fotos presentes em cada uma das retratações de parafilias, são apenas imagens semelhantes, não vindo a possuir qualquer vínculo com a realidade das palavras.
Ou seja, mesmo se tratando de fotos minhas na retratação dos distúrbios, isso não significa que eu os possua.
Alguns até sim, mais isso caberá somente à minha intimidade, portanto, nada de conjecturações à cerca de minha vida íntima, seja ela normal, convencional, ou não.