segunda-feira, fevereiro 05, 2007

Revolução Ideológica

É, tempos sem nem olhar isto aqui, eu sei.
Tenho alguns projetos em mente, para as futuras séries a serem aqui expostas.
Como, por exemplo, algo falando sobre distúrbios de personalidade.
Ou até mesmo uma outra que fale especificamente de cada estilo ideológico-musical, inspiração que devo ao meu querido irmão Rodrigo.
Mas isso, são projetos para um futuro breve.
Pra já, me inspirei no acaso, mais exatamente em uma comunidade minha do orkut, a Pós-Modernidade, linkada abaixo:

Em determinado tópico ("São Luís - Antro Pós-Moderno"), também linkado abaixo:
... houve uma discussão bem interessante sobre o título. Caso queiram ler toda a discussão, o link está aí disponibilizado.
Mas vou me ater a colar aqui apenas a minha resposta ao tema, com cortes a fim de não dificultar o entendimento parcial, e daí, colocarei posteriormente a idéia qual quero realmente chegar.

Eis:
"Recém chegada de SP, capital mesmo, pude perceber o quanto São Luís ainda é limitada no que se trata de "antro pós-moderno".E faço minhas as palavras do professor da Mai: enquanto o conceito do modernismo não for consolidado, estamos há anos-luz do pós-modernismo.E digo mais: enquanto as pessoas adeptas ou não do movimento não pararem com modismos fúteis, será impossível promover qualquer espécie de ideologia embasada.
O que rola nessa cidade nada mais é do que modismo e uma série de pseudos-estilos e ideologias.Aqui, infelizmente, ainda existe SIM muito preconceito, e não apenas pessoal.É praticamente impossível, dando um exemplo, no meu caso, que eu passe na rua e não seja olhada com olhares estranhos, e tudo isso graças à um cigarro aceso na mão e a alguma roupa fora do comum para os padrões retrógados dessa sociedade alienada.
Creio que para a consolidação do pós-modernismo, é necessária uma mudança interior, uma auto-aceitação do que se realmente é, independente do que seja, e não se tratando apenas de opção sexual.As pessoas, inclusive aquelas que não ligam para os pensamentos de outrém (que como já foi dito, são poucas, e eu me orgulho em fazer parte desse seleto grupo), precisam, cada vez mais, expandir suas mentes e acabar de uma vez por todas com todos os possíveis rótulos, o que me leva a pensar seriamente em mudar itens da descrição desta comunidade.
Enfim, discordo em absoluto de que São Luís seja um antro pós-moderno. Para minha infelicidade, claro.São Paulo sim, é um antro, ou melhor, uma versão modernizada e estilizada de Sodoma e Gomorra.Nossa cidade precisa de uma conscientização em massa para que o preconceito esmagador se dissipe pelo menos em 1%.E não é fazendo coisas apenas no intuito de "chocar" que vamos conseguir isso.
Se quisermos mesmo que as coisas evoluam para esse sentido, creio que devamos fazer as coisas realmente com vontade, e sem se preocupar de verdade com o que irão falar por aí, pois como todos sabem, vão falar.Mas é um processo gradativo e lento até que as coisas vistas como anormais, comecem a serem aceitas.Mas reforço que isso só ocorrerá quando cada um dos adeptos fizer sua parte, sem a necessidade de causar frisson somente.
Agradeço a atenção que cada um deu a este tópico interessante, em especial à grande contribuição dada pela Maicy, que conquistou, com essa brilhante visão e fabuloso poder de oratória, o título de moderadora.Parabéns à todos pela exposição livre de suas idéias, e não vamos deixar que boas discussões como essa caiam no esquecimento.Espero por novos tópicos produtivos como esse."

Logo após, em uma conversa de MSN, acabei por pensar em mais coisas à respeito, justamente quando debatia.
Conversando com o Jeovahny, meu ex-noivo, justamente sobre a grande felicidade que tive em ler boas idéias no tópico "São Luís - Antro Pós-Moderno", ele me deu uma idéia excelente.
Conversávamos sobre como os adeptos do P-M, poderiam um dia começar a libertar suas mentes dos preconceitos sociais.
Foi aí então que ele me falou de como fazendo coisas simples, podemos dar início a uma corrente libertária de conscientização da massa adepta.
Entre as idéias citadas, a que eu achei mais prática, econômica e viável, foi a de distribuir em pontos estratégicos frequentados pelo público GLBT da ilha, panfletos com informes, idéias e incentivos à luta contra a repressão social que esse movimento sofre na cidade, da mentalidade retrógrada atuante.
Já tive algumas idéias para os panfletos, mas creio que 30 cabeças pensem melhor do que apenas uma cabecinha ruiva.Acho que se cada um de nós começar a fazer sua parte, por menor que pareça ser, estaremos contribuindo para mudanças bem maiores, mesmo que a longo prazo.Mas é justamente assim que os quadros sociais começam a se modificar, através de poucas pessoas que cansaram de apenas reclamar de braços cruzados e que tiveram força de vontade e motivação para iniciar uma revolução ideológica sem sangue.Portanto, estou esperando por boas idéias.
Um bom exemplo de como tais movimentos inicialmente pequenos dão certo, é o Espaço Impróprio, em SP, que com minhas mãos ajudei a construir, mesmo que pequena parte.O espaço é GLBT, e promove eventos, shows, oficinas, palestras e panfletos justamente sobre como lutar contra a repressão, que por incrível que pareça, existe sim em São Paulo.
O Espaço Impróprio é um centro (contra)cultural que segue os princípios do faça-você-mesmo. Todo o dinheiro arrecadado nas atividades é destinado a ajudar a manter o espaço físico (aluguel, contas, reformas) e viabilizar outros projetos (biblioteca, cybercafé etc).
Seria excelente construirmos um espaço assim aqui, mas para isso é necessário que hajam pessoas engajadas e motivadas nessa causa.
Pra quem se interessou pela história do Espaço Impróprio, aqui vai o site provisório, com algumas informações adicionais:
Abraços,
AritAnna-Varney.

P.S.: Agradecimentos especiais à Jeovahny Tavares, pelas boas idéias.

Um comentário:

Anônimo disse...

Adivinha quem tá de blog? É, aham.
(: