segunda-feira, agosto 16, 2010

Amor de Pierrot

[ enfeitadas ilusões ]


De amores tudo finda.
Como o pierrot e sua sabida ilusão, que ainda perante iminente tristeza,
se regozija do amor conquistado e querido.
E brinda, canta, sorri e revigora-se.
Faz dos momentos antecedentes do abismo, anos de aurora.
E é feliz, faz-se feliz.
ó sofrida e imensa dor que a galopes se aproxima!
Antiga amiga e esperada visita.
Venha tão tarde quanto possível, despedaçar esses sonhos de puro vidro!
Faça de mim estilhaço, nada além de amontoados de cacos.
Na beleza de mil vitrais, se esconde inerte a tristeza das catedrais.

Desfaz tal fuga de mim, dissipa todo ar perfumado de paixão.
Estoura por fim esses olhos de cristal, frios, amargos como esse agouro infernal.

Entre sorrisos, bailes e bufões, golas cheias e rendas delicadas,
Mora a terrível e intrépida jornada do vazio.

Todo começo é apenas o primeiro degrau pra longa escadaria de suplícios que nos levará até o fim.
Você se atreveria a subir sabe-se quantos degraus ?

Brinde, cante e sorria!
Aproveite tal possível agonia!
Vivencie cada ponto de felicidade
que pontilha isoladamente
essa trilha de infelicidades que é a vida.

4 comentários:

Bergar disse...

oinfinitovaledaescuridao.blogspot.com

Lucio disse...

depois eu leio, to com um preguiça hoje...hsuahsuahsuahsuhaushasa

Anônimo disse...

Não sei bem como expressar, simplesmente incrível, melhor do q ótimo!

Pietro Oliveira disse...

Usarei no meu blog agora com o carnaval chegando xD, mas colocarei a fonte xD