[ sufrágio de virtuosidade ]
Ah, que densa atmosfera fúnebre que esse corpo inerte embala!
Agora eis que me permito afundar no devaneio de uma alma imóvel.
Perder-se em pensamentos, em ódios súbitos e repentinos, pra encontrar-se em amores fúteis e passionais.
Ausência de questões, motivos, causas, razões ou qualquer mísero fato que possa ser capaz de algo justificar.
Apenas o amargo e vão prazer de diagnosticar amarguras, de abrir feridas doloridas, fazer-se infeliz sem o menor esforço.
Afinal, haveria beleza sem dor ? Profundidade em sentimento sem o simples ressentir ? Sem o ranger de dentes amargurados ? Sem lágrimas salobras de puro rancor ?
Jamais a admiração de pequenas letras em conjunto! Seria possível a exaltação de felicidades sublimes apenas ?
Que lúgubres perfumes haveriam de ser inalados se não vos dissesse das belezas esquecidas que jazem na melaconlia ?
Segredos impronunciáveis num simulacro de mistérios.
O que seria então a felicidade plena sem a tórrida lembrança de um sofrer abissal ?
A dor! Eis a sutil felicidade permitida, pois então !
Sempre ao alcance de sutis lembranças, podendo ser alcançada por um visitante descuidado que passa como se observasse antigos e raros vitrais de extintas fortalezas.
Sejamos então uma legião de sofredores! Façamos templos e altares, glorifiquemos o pesar!
Como que numa trágica procissão que murcha como pétalas ao tempo.
Agora eis que me permito afundar no devaneio de uma alma imóvel.
Perder-se em pensamentos, em ódios súbitos e repentinos, pra encontrar-se em amores fúteis e passionais.
Ausência de questões, motivos, causas, razões ou qualquer mísero fato que possa ser capaz de algo justificar.
Apenas o amargo e vão prazer de diagnosticar amarguras, de abrir feridas doloridas, fazer-se infeliz sem o menor esforço.
Afinal, haveria beleza sem dor ? Profundidade em sentimento sem o simples ressentir ? Sem o ranger de dentes amargurados ? Sem lágrimas salobras de puro rancor ?
Jamais a admiração de pequenas letras em conjunto! Seria possível a exaltação de felicidades sublimes apenas ?
Que lúgubres perfumes haveriam de ser inalados se não vos dissesse das belezas esquecidas que jazem na melaconlia ?
Segredos impronunciáveis num simulacro de mistérios.
O que seria então a felicidade plena sem a tórrida lembrança de um sofrer abissal ?
A dor! Eis a sutil felicidade permitida, pois então !
Sempre ao alcance de sutis lembranças, podendo ser alcançada por um visitante descuidado que passa como se observasse antigos e raros vitrais de extintas fortalezas.
Sejamos então uma legião de sofredores! Façamos templos e altares, glorifiquemos o pesar!
Como que numa trágica procissão que murcha como pétalas ao tempo.
2 comentários:
voce continua escrevendo muito bem...
Certas coisas nunca mudam, moço =)
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