quinta-feira, outubro 12, 2006
IX Parafilias: Zoofilia
VIII Parafilias: Podolatria
O fetichista responde ao pé de uma maneira similar à que outros indivíduos respondem a bundas ou seios. Mas é de notar que, no caso do podólatra, esse desejo direcionado para uma parte específica do corpo adquire o caráter pronunciado de uma fixação.
Como outras parafilias, o fetiche que se concentra nos pés varia enormemente e pode ser altamente especializado. Assim, um fetichista pode ser estimulado por elementos que outro considera repulsivos. Alguns podólatras preferem pés com arcos pronunciados, outros, de dedos longos, unhas longas, alguns preferem pés descalços, outros, pés calçados em certos tipos de calçados ou meias, alguns preferem pés muito bem cuidados, outros, sujos, de plantas incrustadas de terra, etc.
Um fetichista de pés pode ser homem ou mulher, embora estime-se que o contingente masculino passe de 70%. Outras práticas sexuais como o sadomasoquismo frequentemente acompanham a atração por pés. Um traço que permite distinguir o podólatra, no entanto, na comparação com o sadomasoquista submisso, é o fato de que o pé, para aquele, reveste-se de um valor estético, que por si só o excita. Há um profundo e ao mesmo tempo evidente potencial de significação sadomasoquista relacionado aos pés.
VII Parafilias: Loonerismo
Recentemente esse fetiche ficou muito popular na Internet onde seus adeptos se auto-denominam Looners.
VI Parafilias: Parcialismo
V Parafilias: Necrofilia
terça-feira, outubro 10, 2006
IV Parafilias: Sadismo & Masoquismo
Assim com arranhões, uso de gelo e pingos quentes de cera de vela, pequenos cortes ou queimaduras, puxões de cabelo, bondagè (técnica que consiste em amarrar firmemente o parceiro em um ou vários locais, podendo ser em zonas erógenas ou não, a fim de provocar prazer/dor).
III Parafilias: Travestismo
II Parafilias: Fetichismo
sexta-feira, outubro 06, 2006
I Parafilias: Exibicionismo
Desventuras em Série
Começando com uma foto que vem a retratar o Desejo, pois tudo, na sexualidade, parte deste princípio.
Como muita gente sabe, ou pelo menos deveria saber, tenho muito apreço por psicologia, psiquiatria e psicanálise.
A Psicanálise é, ao mesmo tempo, um modo particular de tratamento do desequilíbrio mental e uma teoria psicológica que se ocupa dos processos mentais inconscientes, uma teoria da estrutura e funcionamento da mente humana e um método de análise dos motivos do comportamento, uma doutrina filosófica e um método terapêutico de doenças de natureza psicológica supostamente sem motivação orgânica.
Sua formulação representou basicamente a consolidação em um corpo doutrinário de conhecimentos existentes, como a estrutura tripartite da mente (Id, Ego e Superego), suas funções e correspondentes tipos de personalidade, a teoria do inconsciente, o método terapêutico da catarse, e toda a filosofia pessimista da natureza humana difundida à época em que foi concebida. Além de alicerçar-se, como método terapêutico, nas descobertas do médico austríaco Josef Breuer, como doutrina tem em seus fundamentos muito do pensamento filosófico de Platão e do filósofo alemão Arthur Schopenhauer.
No entanto, ao serem esses conhecimentos incorporados na Psicanálise, foi aberto o caminho para um número grande de conceitos subordinados que eram novos, como os de atos sintomáticos, sublimação, perversão, tipos de personalidade, recalque, transferência, narcisismo, projeção, introjeção, etc. A psicanálise constituiu-se, por isso, em um modo novo de abordar as condições psíquicas correspondentes a estados de infelicidade e a comportamentos anti-sociais, e deu nascimento ao tratamento clínico psicológico e psiquiátrico moderno.
Daí então que vem a surgir o estudo das Parafilias, ou os conhecidos "Distúrbios e/ou Perverssões Sexuais".
Mas .. o que seria isso? Parafilia é o termo atualmente empregado para os transtornos da sexualidade, anteriormente referidos como "perversões", uma denominação ainda usada no meio jurídico. Estudar as Parafilias é conhecer as variantes do erotismo em suas diversas formas de estimulação e expressão comportamental.Culturalmente se reconhece o sexo convencional como sendo heterossexual, coital, com finalidade prazerosa e/ou procriativa, momentaneamente monogâmico.
Sim, "convencional" , evitando-se o termo "normal", devido ao fato das pessoas confundirem (erroneamente) o "não-normal" com o "patológico". É difícil definir o que seria um comportamento sexual normal, porque afinal de contas, o quê, exatamente, é normal? Tudo depende de que ângulo se vê. Pra mim, é normal sentir prazer com mordidas e arranhões, enquanto meu vizinho acredita que tal prazer só é alcançado se for realizado sem o consentimento do parceiro. Você pode achar normal fantasiar com homens travestidos, enquanto eu prefiro pessoas mortas e acho sua visão inaceitável!
A Parafilia, pela própria etimologia da palavra, diz respeito à "para" de paralelo, ao lado de, "filia" de amor à, apego à. Portanto, para estabelecer-se uma Parafilia, está implícito o reconhecimento daquilo que é convencional (estatisticamente normal) para, em seguida, detectar-se o que estaria "ao lado" desse convencional. É uma atividade sexual na qual a resposta (desejo, excitação e orgasmo) ocorre normalmente, contudo o indivíduo necessita, para obtenção da sua excitação, de um objeto ou práticas não usuais.
Nesse caso, a sexualidade é caracterizada por impulsos sexuais muito intensos e recorrentes, por fantasias e/ou comportamentos não convencionais, capazes de criar alterações desfavoráveis na vida familiar, ocupacional e social da pessoa por seu caráter compulsivo.
O "praticante", fisiologicamente falando, é um indivíduo normal. Apenas o 'elemento erógeno' de sua excitação que não é a usual. Existem diversas modalidades e variações. São consideradas práticas sexuais aceitas quando não provocam danos a outras pessoas ou aos costumes sociais.
Mas hoje em dia, quais são os costumes? No geral, a maioria dos traumas que levam aos chamados distúrbios sexuais, são originados por repressão ou liberação extrema de alguma fase sexual, e ainda pela criação familiar, que na maioria das vezes é a principal responsável pelas fantasias mais absurdas. Está configurada a Parafilia quando há necessidade de se substituir a atitude sexual convencional por qualquer outro tipo de expressão sexual, sendo este substitutivo a preferida ou única maneira da pessoa conseguir excitar-se. Assim sendo, na Parafilia os meios se transformam em fins, e de maneira repetitiva, configurando um padrão de conduta rígido o qual, na maioria das vezes, acaba por se transformar numa compulsão opressiva que impede outras alternativas sexuais.
Algumas Parafilias incluem possibilidades de prazer com objetos (fetichismo), com o sofrimento e/ou humilhação de si próprio ou do parceiro (maso e sadomasoquismo), com o assédio à pessoas 'pre-púberes' ou inadequadas à proposta sexual (pedofilia). Estas fantasias ou estímulos específicos, entre outros, seriam pré-requisitos indispensáveis para a excitação e o orgasmo.Em graus menores, às vezes, a imaginação fantasiosa do parafílico encontra solidariedade com o parceiro na iniciativa, por exemplo, de trasvestir-se de sexo oposto ou de algum outro personagem para conseguir o prazer necessário ao orgasmo.
Quanto ao grau, a Parafilia pode ser leve, quando se expressa ocasionalmente, moderada, quando a conduta é mais freqüentemente manifestada e severa, quando chega a níveis de compulsão.
Como já foi citado aqui, existem várias "modalidades" e variações da parafilia, muitas já conhecidas e muito praticadas como atos normais.
E hoje, daremos início à série "PARAFILIAS", vindo a retratar e a esclarecer as mais conhecidas, digamos assim.