segunda-feira, abril 27, 2009

Tempos de tilintares contínuos

[ intrínsica auto-afirmação ]


Enquanto dormem ébrios
espalhados pelos poucos cômodos
O sol embriaga o rosto
e aflora toda a escuridão mascarada.

Saturno devora.
Lenta e secretamente.

Sempre assim.
Só, com um maço de cigarros.
E uma garrafa já no fim.

E as divagações de outrora
De um dia onde ser feliz
não era tão fútil.

Palavras ditas aos fariseus
que de sentido nenhuma carga carregam
são as malezas do mundo
que no peito se agregam.

A conexão entre o falar, fazer e sentir
é mero acaso , detalhe que jaz esquecido.
Contradições diárias, rotina maçante.
Fale, não faça.
Faça, não sinta.
Sinta, não fale.
Erros que se acumulam em montanhas homéricas.

O que pode parecer um melodrama sem fim,
são apenas verdades que ninguém se atreve a ver.
Ninguém vai entender.
Mas, sinceramente ?
Já não me importa.




Um comentário:

Unknown disse...

ninguém se atreve a ver, sentir, falar, por não parecer algo real, ou não. Mas o drama sempre faz algum sentido, principalmente quando para pra pensar nele em companhia de alguns tragos de um cigarro, talvez eles consigam ouvir o que tens a falar e o que sente.


Bjs