[ lamúrias antigas recém-achadas]
Já fui e sou tanta coisa que até não faz mais sentido algum tentar explicar detalhadamente.
Prefiro acreditar na hipótese de ser uma reinvenção diária que oscila paradoxalmente entre todos os antônimos.
Uma peça teatral cômica, se não fosse trágica.
Ou até trágica, se não fosse cômica e inusitada.
Mas talvez um romance dramático que se renova à cada ato.
Multiplicidade de máscaras, sentidos, paixões, descrenças, hábitos, fases, vícios, pseudônimos, vertentes, estilos.
Alma inquieta atrás de respostas para as próprias teses absurdas (ou até condizentes), inconstância preferencial, pi ao pó em segundos resolutos.
Bela indução à tristeza, que no caso equivale à clareza mental, tornando-me razão e quase nunca sentimento.
Vontade de sempre ter o utópico controle total de pensamentos e sensações, e ainda assim buscar o desconhecido e inovador à todo instante.
Apaixonada pelas coincidências, afinidades, surpresas e acasos. Admiradora da inteligência, sutileza, gentileza e educação.
Envolvida por uma cápsula protetora, que diverte, abre sorrisos e abraços e dispõe ouvidos atentos para os merecedores.
Mas que chora, amaldiçoa, flagela-se.
Que sofre calada afogada em seus próprios problemas silenciados.
Apelos mudos que ninguém vê.
Dona de paixões alheias, de corações quebrados.
Viúva negra que jamais se encontra só.
Momentos, momentos.
Assim a vida se faz.
Mas e ao longo da vida ?
Não há ninguém ao lado ?
Coração que funciona como pousada por temporadas, com um letreiro luminoso bem grande na porta, onde é possível ler "Após saída, favor deixar as chaves na portaria.".
Frágil grão de areia que insiste em querer ser praia inteira.
Força hiperbolizada pela destruição de sonhos e racionalidade.
"Além deste verniz de simpatia jaz minha verdadeira face, que ninguém conhece. Essa máscara é uma mentira, óbvia e triste, e meu coração é vazio e tudo é frio."
Se todos fossem tão práticos, acreditariam nessas palavras contrárias ao que aparento.
Mas a verdade ainda é a melhor camuflagem da realidade.
Costume de que não acreditem nela.
No fundo, só a vontade de querer fugir do que julga inadmissível se ter como centro regente da vivência.
De escapar inutilmente de tudo aquilo que não gostaria de admitir que quer para si.
Já fui e sou tanta coisa que até não faz mais sentido algum tentar explicar detalhadamente.
Prefiro acreditar na hipótese de ser uma reinvenção diária que oscila paradoxalmente entre todos os antônimos.
Uma peça teatral cômica, se não fosse trágica.
Ou até trágica, se não fosse cômica e inusitada.
Mas talvez um romance dramático que se renova à cada ato.
Multiplicidade de máscaras, sentidos, paixões, descrenças, hábitos, fases, vícios, pseudônimos, vertentes, estilos.
Alma inquieta atrás de respostas para as próprias teses absurdas (ou até condizentes), inconstância preferencial, pi ao pó em segundos resolutos.
Bela indução à tristeza, que no caso equivale à clareza mental, tornando-me razão e quase nunca sentimento.
Vontade de sempre ter o utópico controle total de pensamentos e sensações, e ainda assim buscar o desconhecido e inovador à todo instante.
Apaixonada pelas coincidências, afinidades, surpresas e acasos. Admiradora da inteligência, sutileza, gentileza e educação.
Envolvida por uma cápsula protetora, que diverte, abre sorrisos e abraços e dispõe ouvidos atentos para os merecedores.
Mas que chora, amaldiçoa, flagela-se.
Que sofre calada afogada em seus próprios problemas silenciados.
Apelos mudos que ninguém vê.
Dona de paixões alheias, de corações quebrados.
Viúva negra que jamais se encontra só.
Momentos, momentos.
Assim a vida se faz.
Mas e ao longo da vida ?
Não há ninguém ao lado ?
Coração que funciona como pousada por temporadas, com um letreiro luminoso bem grande na porta, onde é possível ler "Após saída, favor deixar as chaves na portaria.".
Frágil grão de areia que insiste em querer ser praia inteira.
Força hiperbolizada pela destruição de sonhos e racionalidade.
"Além deste verniz de simpatia jaz minha verdadeira face, que ninguém conhece. Essa máscara é uma mentira, óbvia e triste, e meu coração é vazio e tudo é frio."
Se todos fossem tão práticos, acreditariam nessas palavras contrárias ao que aparento.
Mas a verdade ainda é a melhor camuflagem da realidade.
Costume de que não acreditem nela.
No fundo, só a vontade de querer fugir do que julga inadmissível se ter como centro regente da vivência.
De escapar inutilmente de tudo aquilo que não gostaria de admitir que quer para si.